Se você acompanha o dia a dia do mercado financeiro ou começou a ler sobre o assunto, já deve ter se deparado com uma frase muito famosa: “Não coloque todos os ovos na mesma cesta”.
O sentido dela é basicamente não colocar todo dinheiro em apenas um tipo de investimento, ou seja, diversificar. Afinal, correr o risco de perder todo o patrimônio de uma vez não é muito bom, né?
A diversificação da carteira, que é adquirir títulos diferentes e que se complementam, é uma forma de prevenir riscos e potencializar ganhos de maneira inteligente.
Mas antes de começar a escolher os ativos que vão compor seu portfólio, é preciso entender como funciona essa estratégia. Para te ajudar, listamos tudo o que você precisa saber abaixo!
O que é a diversificação de investimentos?
Diversificar os investimentos é adquirir diferentes tipos de ativos. Você pode fazer isso dentro de uma mesma categoria de investimentos ou entre renda fixa e renda variável.
É a mesma lógica dos ovos: se eles estiverem todos na mesma cesta, e essa cesta cair, todos os ovos quebram. Mas se você distribuir em várias cestas, o risco de perder tudo é menor.
No caso do mercado financeiro, se você colocar todo o seu dinheiro em apenas um tipo de ativo financeiro, você fica totalmente exposto a esse risco.
Nós vemos muito isso hoje em dia com quem investe em criptomoedas ou opera day trade. Muitas pessoas colocam todo o dinheiro que têm nesses ativos ou em operações de alto risco, e quando a performance não é boa, acabam quebrando.
Porém, se parte do patrimônio estiver alocado em outros tipos de investimentos, a queda de uma criptomoeda ou um loss no day trade não é tão sentido. Na verdade, é até capaz de outro ativo que a pessoa tenha na carteira se valorizar simultaneamente, evitando um prejuízo geral.
Ou seja, concentrar os seus investimentos e não diversificar aumenta a probabilidade de prejuízo. Por isso, a melhor opção é ter uma carteira exposta a diferentes riscos, o que traz mais equilíbrio.
Vantagens de diversificar os investimentos:
Diversificar a sua carteira de investimentos também traz várias outras vantagens. Separamos para você, veja abaixo:
1. Possibilidade de melhores retornos
Diversificando a sua carteira, você aumenta as chances de ter um bom retorno, porque você pode aproveitar os benefícios de cada ativo e ter diferentes rentabilidades, aumentando o seu patrimônio mais rápido.
2. Maior comodidade
Uma outra vantagem é ter mais conforto para adquirir ativos mais seguros, com prazo para resgate, enquanto realiza aplicações um pouco mais ousadas.
Isso é importante pelo seguinte: caso você tenha todo o seu dinheiro em apenas uma aplicação e ela não ofereça liquidez imediata, você pode ter problemas.
Ao diversificar, você ajuda a sua carteira conforme os seus objetivos e pode utilizar mais de uma estratégia ao mesmo tempo, como alocar para a reserva de emergência e para viver de renda.
3. Alinhamento com o perfil de investidor
Como o perfil de risco é dinâmico, conforme você for ganhando mais experiência no mercado, ele pode ser alterado.
Nesse caso, você pode rebalancear a carteira de acordo com as suas necessidades e interesses, mantendo ainda uma proteção ao risco.
4. Aplicação de descorrelação
Uma carteira de investimentos diversificada aproveita a descorrelação entre os ativos. Afinal, diversificar não é só escolher alternativas diferentes — o investidor deve considerar investimentos com desempenhos distintos.
Caso contrário, os ativos terão o mesmo comportamento, passando por valorização ou desvalorização juntos.
Sendo assim, para obter equilíbrio, a carteira deve ser montada por investimentos de correlação nula ou negativa. Entenda:
- Correlação Positiva: Quando o preço de um ativo tende a acompanhar o de outro. Por exemplo, fundos que investem nos mesmos ativos, com uma composição parecida.
- Correlação Nula: Quando não há qualquer relação aparente no desempenho dos ativos. Por exemplo, variação do preço do café com a variação da ação da Apple.
- Correlação Negativa: Quando os ativos tendem a ir em direções opostas: enquanto um sobe, o outro recua. Por muito tempo, foi o caso do Dólar e do Ibovespa.
Como fazer a diversificação de investimentos?
Como, então, definir a estratégia para uma diversificação de investimentos efetiva? Veja algumas dicas que podem te ajudar.
1. Conheça o seu perfil de investidor
Tudo começa pelo seu perfil de investimentos. Você precisa definir se ele é conservador, moderado ou arrojado.
Isso varia de acordo com o seu patrimônio atual, apetite a risco e objetivos de vida.
Ao conhecer seu perfil de investidor, você consegue identificar os tipos de investimentos que fazem mais sentido para você e os riscos que está disposto a correr.
2. Defina prazos e objetivos
Quais os prazos para você atingir seus objetivos? Com uma carteira diversificada, você pode ter tipos de investimentos incluídos no seu portfólio que vão te ajudar a atingir cada uma de suas metas em prazos diferentes.
Isso significa que você pode escolher investimentos de curto, médio e longo prazo.
Por exemplo: se o seu objetivo é viajar com a família para a Disney daqui a dois anos, uma boa opção é colocar uma parte do dinheiro em uma aplicação com este prazo.
E caso você já esteja pensando na aposentadoria, parte do patrimônio pode ir para um investimento de longo prazo. A dica é escolher prazos que se encaixem nas suas metas financeiras.
3. Revise com frequência suas metas financeiras
Analisar e revisar as suas metas é fundamental, já que algumas são cumpridas e outras mudam ou devem ser adaptadas.
Isso é importante para que você mantenha uma relação honesta com suas metas financeiras, sem deixá-las de lado.
Desse modo, é possível priorizar o que for necessário.
4. Defina as classes de ativos
Com tudo isso em mente, você deve selecionar as classes de ativos que deseja incluir em sua carteira.
Eles podem ser de renda fixa, renda variável, multimercado, previdência e fundo imobiliário.
5. Escolha a proporção ideal de cada classe
Nesse momento, você deve começar a montar sua carteira levando em conta o seu perfil de risco e fatores macroeconômicos como inflação, taxa de juros e expectativas políticas, por exemplo.
Com esse estudo, você irá equilibrar a classe de ativos na sua carteira e conferir se a média de rentabilidade e volatilidade deixam você confortável.
6. Acompanhe e rebalanceie sua carteira
Com tudo bem definido, acompanhe a performance da sua carteira e as alterações naturais que acontecem no mercado de ações.
Periodicamente, deve ser realizado um rebalanceamento. Por exemplo, você definiu que a renda fixa seria 25% da carteira, mas com as variações do mercado, agora ela representa 50% da carteira. Você deve resgatar esse lucro e realocar de acordo com a proporção inicial, mantendo sua estratégia inicial de acordo com os seus objetivos.
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Outro ponto interessante é que com a XP, você pode ter mais de uma conta gratuita, o que pode ajudar a separar seus investimentos. Por exemplo, você pode usar uma carteira com saldo exclusivo para suas operações, outra apenas para previdência, outra para seus investimentos familiares, entre outros.
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