Na hora de compor o portfólio, muitos investidores acreditam que basta definir uma estratégia e deixar o mercado fazer sua parte, esquecendo de fazer o rebalanceamento de carteira.
Esse ajuste periódico é um processo importante para manter a carteira diversificada, sem assumir mais riscos do que permite o seu perfil de investidor.
Quer descobrir como fazer esse alinhamento? Continue lendo e veja dicas para equilibrar seu portfólio!
O que é tripé de investimentos?
Antes de entender o conceito de rebalanceamento, vale a pena saber que os investimentos se baseiam em três pilares: segurança, liquidez e rentabilidade.
Assim nasce o conceito de tripé de investimentos, que prevê que apenas dois critérios podem se maximizar ao mesmo tempo, sacrificando o terceiro.
É devido a essa dinâmica que investimentos seguros e líquidos são menos rentáveis. Enquanto isso, as alternativas que apresentam mais rendimentos tendem a ser menos seguros, por exemplo.
O tripé serve como um fator na escolha dos investimentos. E, além de se aplicar a cada ativo individualmente, ele é útil para avaliar o portfólio como um todo.
Tripé do valor
Existe um termo que é utilizado principalmente quando se fala de ações, o chamado “tripé do valor”. Ele não se relaciona com o tripé de investimentos e não deve ser confundido.
Esse termo contempla grupos de empresas Largecaps, Pagadoras de Dividendos e Smallcaps, selecionados e compilados cuidadosamente na Carteira Max Ações.
Qual é a importância de diversificar o portfólio?
Considerando que a carteira não pode maximizar o tripé de investimentos ao mesmo tempo, é importante recorrer à diversificação. A estratégia prevê escolher investimentos que sejam descorrelacionados, ou seja, que não se comportem da mesma forma.
A ideia é poder compensar perdas de certos ativos com ganhos de outros, por exemplo. Além disso, é uma forma de evitar a concentração de recursos em poucos mercados, cenários ou prazos. Assim, você pode se expor a maior risco em alguns ativos e ter outros mais seguros.
Qual é a importância do rebalanceamento de carteira?
Embora diversificar a carteira seja importante, a configuração do portfólio tende a não se manter exatamente igual ao longo do tempo, em especial, se você investe em renda variável. Afinal, com a volatilidade, a proporção de distribuição dos investimentos pode mudar.
Para corrigir essas flutuações, existe o rebalanceamento de carteira. Ele prevê compras ou vendas que visem a manutenção das proporções consideradas ideais para cada classe e cada investimento. Assim, é possível manter os riscos dentro do patamar que você avalia como aceitável.
Para te ajudar em todo esse processo de rebalanceamento, a Nomos possui diversas áreas, uma para cada fase dos seus investimentos.
Além disso, possuímos um suporte operacional excepcional para jogar junto com você independente do seu perfil de investidor.
Como ele funciona?
O rebalanceamento de carteira funciona por meio de ajustes na proporção de alocação dos recursos. A ideia é avaliar os resultados obtidos no período e identificar quais ativos vender ou comprar para retomar os níveis definidos no planejamento financeiro.
Para tomar a decisão, são considerados os ciclos de mercado, as expectativas de cenário e, também, as condições do investidor. Afinal, mudanças no perfil e/ou nos objetivos financeiros podem levar a novas proporções de portfólio.
O objetivo do rebalanceamento de carteira é retomar o equilíbrio que faz sentido para cada investidor, já que os resultados consolidados ao longo do tempo podem alterar as proporções. Para entender melhor, considere um investidor moderado que decide investir na bolsa de valores e na renda fixa.
De acordo com seus objetivos, ele decide que faz sentido ter 40% alocado em ações e 60% em títulos de renda fixa. Lembre-se de que essa é apenas uma situação hipotética – e não uma recomendação.
Considerando que a pessoa do nosso exemplo tem R$ 10 mil para investir, R$ 4 mil são alocados em ações e R$ 6 mil na renda fixa. Mas, após determinado período, a carteira de ações passa por uma valorização de 20%, enquanto a renda fixa, de modo geral, rende 2%.
Assim, desconsiderando custos e taxas, como o Imposto de Renda, o patrimônio bruto faria o percentual de ações passar a ser de quase 44%. Isso aumenta os riscos gerais do portfólio. Então, o investidor pode rebalancear, vendendo parte das ações ou fazendo novos aportes em renda fixa para retomar o patamar.
Quais são as vantagens do rebalanceamento?
Entre os motivos para rebalancear a carteira está o equilíbrio do portfólio. Afinal, a movimentação do mercado, como visto, pode afetar a proporção de alocação.
Dependendo do cenário, os resultados podem fazer um investidor conservador ou moderado se arriscar mais que o que se deseja. Com isso, o rebalanceamento ajuda a diluir os riscos.
Por outro lado, pode acontecer de a carteira se tornar muito segura e menos rentável, em especial para um investidor arrojado. Logo, rebalancear a carteira pode trazer um melhor aproveitamento das oportunidades.
Outra vantagem do processo é que ele serve para ajustar a composição de carteira às novas necessidades e preferências do investidor. Se você passar a tolerar mais riscos ou se os seus objetivos mudarem, por exemplo, o ajuste é necessário para refletir essas alterações.
Um exemplo atual é a queda da Selic no segundo semestre de 2023, que pode ser uma indicação para priorizar a renda variável ao invés da renda fixa.
Pensando nisso, o estrategista de ações Max Bohm gravou um vídeo comentando 3 ações para investir com a queda da Selic.
Assista:
Como rebalancear sua carteira de investimento?
Agora que você conhece a importância do rebalanceamento de carteira, é importante saber como fazê-lo. O primeiro passo é definir um prazo para que a análise aconteça – e ele não pode ser longo ou curto demais.
Se o rebalanceamento for muito frequente, pode ocorrer um aumento de volatilidade ou de custos operacionais, como os impostos e taxas. Por outro lado, se ele for muito espaçado, o desequilíbrio tende a se tornar mais intenso.
Por isso, antes da tomada de decisão, também é importante entender se a sua tolerância ao risco permanece como antes e quais são seus objetivos. Assim, é possível saber se a proporção inicial deve continuar ou se é necessário fazer mudanças.
Dessa forma, você identificará como anda a proporção da carteira. Com base nisso, é preciso vender ou comprar ativos para atingir os níveis esperados. Não se esqueça de avaliar as condições de mercado e o cenário para garantir que certos movimentos façam sentido.
Rebalanceie a carteira com uma assessoria
O suporte de uma assessoria de investimentos pode ajudar nessa jornada. Por meio dela, você conhecerá melhor as oportunidades, poderá tirar dúvidas e terá informações confiáveis sobre as quais se basear.
Como vimos, o rebalanceamento de carteira deve ser feito periodicamente. Assim, é possível diluir riscos e fazer com que o portfólio reflita as suas características, como a tolerância ao risco e os seus objetivos financeiros.
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Max Bohm é um analista contratado pela Benndorf Research, casa de análise homologada pela XP Investimentos.
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