Em momentos de alta volatilidade, proteger o capital deixa de ser uma simples recomendação e passa a ser uma verdadeira necessidade. Por isso, é justamente nesse contexto que surgem as estratégias de hedge com opções, ferramentas cada vez mais utilizadas por traders e investidores que desejam limitar riscos e, ao mesmo tempo, garantir mais previsibilidade em suas operações.
Neste artigo, você vai entender, passo a passo, o que é hedge com opções, quais são as principais estratégias disponíveis, como aplicá-las no Day Trade e, sobretudo, por que elas podem fazer uma diferença real no seu resultado financeiro em cenários de instabilidade.
O que é hedge com opções?
Hedge é uma estratégia de proteção utilizada para reduzir riscos em operações financeiras. Quando falamos em hedge com opções, estamos nos referindo ao uso de contratos de opção (call ou put) para limitar perdas ou proteger ganhos em posições já existentes. Em vez de depender exclusivamente da direção do mercado, o trader utiliza esses derivativos como uma espécie de seguro para sua carteira.
Por exemplo, imagine que você está posicionado em uma ação que subiu muito nos últimos dias. Você quer manter essa posição, mas teme uma correção. Uma forma inteligente de protegê-la seria, por exemplo, comprar uma put, garantindo que, se o papel cair, você terá uma forma de compensar parte ou toda a perda.
Essa estratégia é altamente usada por grandes fundos e instituições financeiras. No entanto, ela também está se popularizando entre traders individuais, principalmente os que atuam em minicontratos, ações e opções de curto prazo.
Quais são as principais estratégias de hedge com opções?
De fato, há diversas formas de usar opções para proteção, e cada uma delas é mais adequada a um tipo específico de cenário de mercado. A seguir, veja as estratégias mais utilizadas por traders e investidores:
1. Protective Put (put de proteção)
Primeiramente, você compra um ativo (como PETR4) e, ao mesmo tempo, adquire uma opção de venda (put). Essa opção funciona como um seguro. Ou seja, se o ativo cair, a put se valoriza e, consequentemente, compensa parte ou toda a perda financeira da posição principal.
Exemplo prático:
Você compra PETR4 a R$ 30 e adquire uma put com strike em R$ 28. Se a ação cair para R$ 25, sua perda é limitada, já que poderá vender a R$ 28 graças à opção.
- Indicado para: quem quer manter uma posição, mas teme queda no curto prazo.
- Vantagem: protege o capital sem sair da operação.
- Desvantagem: custo do prêmio da opção.
2. Covered Call (call coberta)
Por outro lado, essa estratégia é o inverso: você já possui o ativo e vende uma opção de compra (call) com strike acima do valor atual. Caso a ação suba, você entrega o papel pelo preço combinado. Em contrapartida, se o ativo cair, você ainda assim embolsa o prêmio da opção, o que reduz seu custo médio.
Exemplo prático:
Você tem 100 ações da VALE3 a R$ 70. Vende uma call com strike R$ 75 por R$ 1,50. Se VALE3 subir até R$ 75, você lucra na valorização e ainda fica com o prêmio.
- Indicado para: cenários neutros ou levemente altistas.
- Vantagem: gera receita extra com o prêmio.
- Desvantagem: limita o ganho se o papel subir demais.
3. Collar (proteção com custo reduzido)
Na prática, essa estratégia combina as duas anteriores: compra-se uma put e vende-se uma call, criando assim uma faixa de proteção com custo reduzido. Como resultado, o lucro é limitado, mas, por outro lado, as perdas também ficam sob controle.
Exemplo prático:
Você compra PETR4 a R$ 30, compra uma put com strike em R$ 28 e vende uma call com strike R$ 34. Assim, você garante uma faixa de oscilação entre R$ 28 e R$ 34, com custo menor.
- Indicado para: quem quer proteger capital com baixo custo.
- Vantagem: redução de custos do hedge.
- Desvantagem: limite de ganhos e perdas.
4. Long Straddle / Long Strangle (volatilidade esperada)
Compram-se uma call e uma put ao mesmo tempo, esperando grande oscilação no ativo, sem saber a direção.
Exemplo prático:
Na véspera de um resultado trimestral, você compra call e put de ITUB4 no mesmo strike. Se o papel disparar ou despencar, uma das opções vai valorizar fortemente.
- Indicado para: eventos com expectativa de volatilidade.
- Vantagem: lucra com grandes movimentos.
- Desvantagem: custo elevado se o papel ficar parado.

Como funcionam na prática as estratégias de hedge com opções?
Para usar hedge com opções com eficiência, é necessário, acima de tudo, mais do que apenas conhecer a teoria. Por isso, é fundamental compreender o comportamento do ativo, o custo do prêmio da opção e, por fim, qual é o seu objetivo com a proteção.
Veja os passos básicos para aplicar qualquer estratégia:
- Analise sua posição principal: você quer proteger lucro? Reduzir risco de queda? Garantir preço de venda?
- Escolha a opção certa: put (proteção contra queda) ou call (proteção contra venda antecipada).
- Calcule o prêmio da opção: esse é o custo da sua proteção.
- Considere o vencimento: opções muito curtas são mais baratas, mas exigem monitoramento constante.
- Monte a estrutura e acompanhe o desempenho: ajuste conforme o mercado evoluir.
Exemplo prático:
Você está comprado em ações da Petrobras, com bom lucro acumulado. Com a proximidade da divulgação de dados da OPEP, teme uma queda. Ao comprar uma put no curto prazo, você garante que, mesmo com queda abrupta, parte do lucro estará preservada.
Como aplicar hedge com opções no Day Trade?
Embora o hedge seja mais comum em posições de médio e longo prazo, traders de Day Trade também podem se beneficiar de estratégias de proteção com opções, principalmente quando operam ativos de alta volatilidade.
Exemplos práticos:
- Mini índice ou mini dólar: se você entrar em uma posição comprada no mini índice, pode usar uma call de BOVA11 para proteção rápida.
- Operações de abertura de mercado: ao antecipar movimentos fortes logo após o leilão de abertura, traders podem montar straddles curtos com opções semanais.
- Eventos macroeconômicos no dia: Copom, payroll ou decisões de política monetária. Usar opções de vencimento próximo permite se proteger com baixo custo.
Dica importante: no day trade, o tempo é crítico. Portanto, as opções usadas para hedge devem ter alta liquidez, spread baixo e vencimentos muito curtos.
Vantagens e desvantagens do hedge com opções
Vantagens:
- Proteção real contra perdas inesperadas
- Redução do risco em ativos alavancados ou voláteis
- Flexibilidade para adaptação a diversos cenários
- Potencial de geração de receita (com vendas de calls)
Desvantagens:
- Custo de proteção (o prêmio da opção)
- Complexidade para quem está começando
- Necessidade de acompanhar o mercado com mais atenção
- Em alguns casos, limitação do ganho total
Por que traders devem considerar estratégias de hedge com opções?
Utilizar estratégias de hedge com opções é como contratar um seguro para suas operações. Em mercados instáveis, contar apenas com o movimento favorável do ativo é arriscado demais, principalmente quando há exposição relevante.
Além de proteger seu patrimônio, o hedge pode, igualmente, te dar confiança para manter posições com mais tranquilidade, mesmo em momentos de alta oscilação. Por outro lado, para traders, especialmente os que operam minicontratos ou alavancados, essa proteção pode ser o diferencial entre manter uma estratégia viva ou sair do mercado após uma perda inesperada.

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Seja no mini índice, em ações ou opções, você terá, por isso, o suporte necessário para tomar decisões com confiança. Portanto, não espere o próximo susto do mercado para agir.
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